segunda-feira, 2 de março de 2009

Resistência FM 90.1Mhz - O grito Rebelde da Periferia













A Rádio Comunitária Resistência FM amplifica seu poder de interferência no campo eletromagnético de Belém, através da freqüência 90.1MHZ e desde 2004 tenta cumprir a função social de ser “O grito rebelde da Periferia”.
Desta maneira, a Resistência FM tornou-se um veículo popular de educação e informação, um instrumento de mobilização e transformação social da população periférica da capital paraense. Fundada no dia 29 de Maio de 2004, iniciou suas transmissões no dia 07 de Setembro, em decorrência da manifestação da sociedade civil conhecida como "O Grito dos Excluídos".
A Resistência FM é oriunda de uma movimentação política que a princípio reivindica liberdade de expressão e democratização da comunicação, mas que possui em si aspirações políticas distintas a depender de quem assume a palavra ativa no microfone. A origem local da Resistência remonta a primeira emissora verdadeiramente comunitária de Belém (fundada em 1994, a Erê FM) e seu caráter de agente de transformação social é a marca mais presente em nossa emissora.
A emissora comunitária pertence aos excluídos, os da periferia e, portanto, é um canal aberto para a comunicação (diálogo) entre os indivíduos da comunidade. Por ser um instrumento político dos excluídos, as rádios comunitárias reúnem em sua programação os sindicalistas, as associações culturais ou de moradores, os integrantes das mais diversas tribos urbanas (com seus estilos musicais) e também os indivíduos ligados às manifestações religiosas minoritárias (Candomblé, Tambor de Mina, Nagô, Hare Krishna, Santo Daime, etc.).
A rádio comunitária é o espaço para o livre exercício da diversidade, tolerância e respeito num ambiente propício para a criação de sistemas colaborativos. Então, em seu caráter fraterno a rádio comunitária consegue reunir todas as vertentes (do punk, ao raggae, pagode, flash back, rock, eletrônica, mpb, etc). Isto é a prática de um discurso político libertário, comum aos movimentos sociais de emancipação. Longe de ser uma criação recente, isto tudo já foi dito antes (agora assumindo um caráter quase profético) pelo jovens dramaturgo alemão Bertold Brecht em sua “Teoria do Rádio”, em seus escritos sobre “A radiodifusão como meio de comunicação” de 1930: “é preciso transformar o rádio para convertê-lo de um aparelho de distribuição em aparelho de comunicação. O rádio poderia ser o mais fabuloso [meio] de comunicação imaginável na vida pública, um fantástico sistema de canalização”. Ou seja, não apenas para emitir, mas para se permitir receber informação (feedback), afinal de contas isso é comunicação.

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